quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Shine of a dead star.



Olhando pro céu, ela viu mais uma vez aquela linda estrela brilhar pra ela. Quanta prepotência achar que o brilho da estrela morta é exclusivamente dela. Mas preferia assim. Só não preferiria saber que as coisas ao redor também podem está mortas e ela nem ao menos se deu ao luxo de notar.

E se o brilho do cotidiano se esvaziasse de sentido e nossa alienada protagonista não reparou? E se tudo que está acontecendo fosse fruto da sua imaginação?

E se o azul pra ela for o branco pra você apenas com o nome trocado? E se o vilão for na verdade mocinho e o mocinho vilão? Se nada ensinado sequer existir? Se não houver nada pós-contemporaneidade? Se tudo acabar pra onde ir? Se tudo parar de se repetir?E se as coisas deixarem de existir se você não pensar nelas? Se, se, se. Doces divagações do mundo das consternações das constelações.

O quão é triste ver seus castelos desmoronando, cristais quebrando, luzes falsas piscando, verdades sendo extintas, luzes deixando de percorrer o universo.

Estava lutando para decompor-se, ou melhor, recompor-se. Sentimentos masoquistas que a afundam num oceano de dúvidas. Estava lutando para recompor o sentimento que a decompõe. O vício era o que restou do que um dia foi divagações.