segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Vert et rouge.



Imersa num mar escarlate e verde musgo, percebeu que já era hora de despertar. E respirar, e se lembrar de como é a sensação do vento percorrer sua nuca.

A sensação de trazer sonhos pra realidade. Na verdade não sabia muito bem como era, não há como se lembrar de algo que nunca aconteceu. Mas, na verdade sentia em ímpeto desejo de fazer o que jamais tinha feito, isto é, sentir. Já que vivia privada de tudo.

Sair daquela bolha que representava a inexistência do sentimento. Sair da caixa protetora e permitir-se sentir, deixar de tratar seu coração como algo tão frágil quanto os ossos de vidro. E amar. Amar como se sua vida dependesse disso. Da singela palavra de afago, dos beijos delicados, do encantamento em descobrir incríveis semelhanças.

E compartilhar. O pouco da paz de estar se sentindo liberta das correntes. Trazer um pouco de areia mágica, assim como a do sandman que nos conduz ao mundo dos sonhos. Trazer pro mundo real o que apenas existia no imaginário.

2 comentários:

Felipe Costa disse...

Passei alguns minutos nessa janelinha de comentários pensando no que escrever, mas realmente fiquei sem palavras.
Muito bom *-*.

Firefly disse...

E ela poderia decidir entre as opções de correr o risco ou enrolar-se em um plástico bolha, no final, se não tomasse uma iniciativa acabaria sufocando. Corações foram feitos para bater.