domingo, 8 de agosto de 2010

Sobre cactos e outras coisas mais.



Brisa leve levantando pedaços de plástico; Movimento sublime, quase mágico, brisa que dá vida a objetos inanimados; Fazendo as coisas terem um movimento circular e leve, me faz ter vontade de diminuir meu peso para pairar no ar, na mesma leveza que meus cabelos. Quanta falta me fez essa ventania que me tranquiliza, essa atmosfera seca que me faz ter vontade de respirar fundo, despertar, mergulhar pra dentro de mim mesma; Me faz ter certeza que a vida é hoje.
Sol que me faz dar valor a sombra das árvores que sempre estão e sempre estarão ali a me esperar, enquanto houver sol; Cactos que fazem-me dar valor a força, lembrar que mesmo por baixo de uma terra árida e com vestigios de erosão, no fundo há oasis, que os resistentes e espertos cactos encontram como amostra da sua sabedoria em uma aparência arrongante e pomposa.
Ah, eu queria ser um cacto e não esse ser frágil de pele facilmente danificável, queria ser um cacto e mostrar minha exuberância, fazer pessoas acordarem no meio da viagem, às 5 da manhã e admirar minha beleza em baixo de um céu azul-alaranjando, seus mil galhos escuros, por estar contra o sol na aurora matinal, que pena que esse ser frágil não tem olhos que tiram fotos, só registra por segundos e muito mal registrado, em baixo de muitas lentes. Queria ser um cacto e estar em contato, não precisar de registros, ser fidedigno; não apreciar a natureza, mas ser na melhor conjugação do verbo estar, na melhor forma de inserção; Não só parecer , ter tantas dúvidas e vegetar. Distante de analogias. Vegetar de forma vegetal; Sugar o néctar terrestre, esnobar o sol e melhor: Não dá sombra para criaturas frágeis que se acham fortes.

3 comentários:

Felipe Costa disse...

No shadows. =). Traços conhecidos de sua personalidade rondam esse texto. '-'

Caroline disse...

Adorei, ser um cacto realmente seria interessante, seu texto faz despertar essa vontade, vontade de querer ser mais, de querer ser forte.
Amei, como sempre, Mirror <3

Saulo Barreto disse...

Eu admito que eu nunca tinha visto tantos lados positivos em ser um cacto... esse texto é muito bem tramado =D parabéns