quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Paisagem decaída.


Paisagem decaída. Fadada ao abandono e ao desprezo de olhares desatentos, ou atentos demais a algo que não a excentricidade abandonada logo atrás de si.

Pois ponho-me a escrever sobre ti. Não que sejas belas ou especial mas por que me atrais, sem motivos especiais a priori.

Poderia, como os outros estar concentrada na leitura que abre portas para um futuro não tão distante assim ou simplesmente me livrando de coisas inacabadas e atrasadas. Mas dedico a ti uns minutos do meu dia. Seja por escape ou por ser inevitável.

Mas vejo verdes quase flutuantes, sustentados por marrons quase negros e tão finos que me pergunto se não estais traindo as leis da física. Vejo o que um dia foi branco e hoje é apenas um tom entre bege e escarlate; Amarelo e cinza, encoberto de mais verdes escassos. Vejo flores solitárias que também dançam, querendo se enturmar, vejo cinza também no alto, que encobre o que um dia foi azul. Olhando mais além não vejo fim, talvez pelo ângulo, talvez por esse lugar ser mesmo, como eu supunha, dotado de misticismo.

Algo estraga o retrato quase estático... Movimento de uma matéria cor-de-grafite sustentada por círculos negros, que tira toda monotonia pacífica, mas logo se vai para dá lugar a algo branco, com movimentos naturais bem como os das flores, mas com mais mobilidade, por não ter raízes.

O relógio a minha frente me faz o intimato. Preciso voltar a esquecer o retrato e ser alguém desatenta ao universo paralelo, logo ao lado.

4 comentários:

Caroline disse...

Achei o texto bem descritivo e pouco psicológico, mas é uma otima descrição, perfeita pra histórias :)
Gostei.

Felipe Costa disse...

E que descrição... Ótimo texto '-'. Sempre me sinto bem ao ler seus textos :P

Saulo Barreto disse...

sensação tranquila e feliz =D... texto relaxantre hehehe

Rock disse...

É realmente algo inspirador que realmente condiz com que a gente sente em alguns momentos